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Food InnovationInteligência de MercadoMarcas próprias ganham espaço e exigem inovação no varejo brasileiro

Marcas próprias ganham espaço e exigem inovação no varejo brasileiro

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Presidente da ABMAPRO, Neide Montesano, avalia evolução do setor, desafios regionais e impacto no comportamento do consumidor

O crescimento das marcas próprias no Brasil reflete uma transformação no comportamento do consumidor e uma nova dinâmica no varejo. Segundo Neide Montesano, presidente da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (ABMAPRO), o avanço não se limita ao preço competitivo, mas também ao desenvolvimento de produtos que oferecem diferenciais como inovação, saudabilidade e qualidade.

Atualmente, convivem no mercado marcas próprias de terceira geração, conhecidas como Me Too, com foco em preços até 25% mais baixos, e as de quarta geração, chamadas Valor, que priorizam atributos adicionais, como formulações orgânicas ou propostas inovadoras. “Essa evolução mostra que o compromisso da marca própria não está apenas no preço, mas também em agregar valor ao consumidor”, destaca Montesano.

A presença das private labels se amplia em setores variados, incluindo farmácias, alimentação, home centers, pet shops, vestuário, conveniência, distribuidores e atacadistas. Essa diversificação tem influenciado a percepção do consumidor, que vê nessas alternativas não apenas economia, mas também confiabilidade e qualidade equiparadas às marcas tradicionais.

Apesar do avanço, os desafios permanecem significativos. O Brasil apresenta forte diversidade regional, com hábitos de consumo distintos que dificultam a consolidação de um conceito unificado de marca própria. Para superar essas barreiras, a ABMAPRO vem ampliando sua atuação, com destaque para a criação da regional Norte/Nordeste em 2025, que busca integrar empresários, fornecedores e consumidores locais, fortalecendo o setor em escala nacional.

Montesano ressalta ainda a importância da inovação e da capacitação como motores do desenvolvimento. Segundo ela, o diálogo constante com órgãos governamentais e a defesa de políticas públicas voltadas ao setor são fundamentais para garantir competitividade e ampliar o acesso da população a produtos de qualidade.

Para os especialistas, a trajetória das marcas próprias aponta para uma consolidação definitiva no varejo brasileiro, sustentada pela capacidade de adaptação às demandas locais, pela valorização da relação custo-benefício e pela aposta em diferenciação.

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