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Food InnovationEmpresas & NegóciosKraft Heinz aposta na separação corporativa para gerar valor e acelerar inovação sustentável

Kraft Heinz aposta na separação corporativa para gerar valor e acelerar inovação sustentável

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Divisão em duas empresas independentes deve otimizar operações, destravar valor e acelerar agendas de governança e sustentabilidade.

A Kraft Heinz comunicou nesta terça-feira, 2 de setembro de 2025, que realizará a separação de suas operações em duas companhias independentes e listadas em bolsa, em um processo isento de impostos previsto para o segundo semestre de 2026. A reestruturação busca simplificar a operação, aumentar a eficiência e criar oportunidades estratégicas em um cenário de vendas desafiador.

A primeira empresa, Global Taste Elevation Co, reunirá marcas de alcance global, incluindo Heinz, Philadelphia e Kraft Mac & Cheese, com faturamento anual estimado em US$ 15,4 bilhões. A segunda, North American Grocery Co, concentrará o portfólio de mercearia na América do Norte, incluindo Oscar Mayer, Kraft Singles e Lunchables, com receitas projetadas em US$ 10,4 bilhões.

O CEO Carlos Abrams-Rivera, que ficará à frente da operação de mercearia, destacou que “escala sem foco não é a solução; é a combinação de escala com estratégia que cria oportunidades”. A liderança da divisão global de molhos e refeições prontas ainda será definida pelo conselho da companhia. As sedes em Pittsburgh e Chicago permanecerão inalteradas.

Segundo especialistas do setor, a cisão permitirá à Kraft Heinz alinhar governança, eficiência operacional e inovação de portfólio, facilitando investimentos seletivos em processos mais sustentáveis e iniciativas ESG. A simplificação do portfólio também abre espaço para maior agilidade na tomada de decisão, priorização de canais estratégicos e adaptação às mudanças no comportamento do consumidor.

O movimento representa uma reversão parcial da megafusão de 2015, avaliada em US$ 46 bilhões, que uniu Kraft e Heinz sob a gestão do 3G Capital e da Berkshire Hathaway. Em um setor historicamente marcado por aquisições para ganho de escala, a tendência agora se volta para especialização, inovação e criação de valor de longo prazo.

Embora a operação enfrente desafios complexos, como a separação de estruturas compartilhadas e integração tecnológica, o mercado aposta que a cisão poderá gerar valor superior ao atual, estimado em US$ 33 bilhões. A expectativa é que a nova configuração combine crescimento econômico, eficiência operacional e fortalecimento das agendas de governança e sustentabilidade corporativa.

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