Proteína de milho pode se tornar matéria-prima de bioplásticos

Pesquisador do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu uma nova técnica de extração da proteína do milho (zeína) a partir dos resíduos oriundos dos grãos, para utilizá-la como matéria-prima na produção de bioplásticos
Atualmente, a técnica convencional utiliza os resíduos dos grãos de milho misturados com etanol comum, que passa por processos de evaporação e solubilização para permitir que a zeína seja extraída. Mas o processo não consegue retirar nem metade da proteína.
Com a nova técnica, a zeína pode ser totalmente extraída. Ao contrário do método tradicional, o etanol usado no procedimento tem sua acidez alterada, o que possibilita a extração de quase toda a substância.
A partir da zeína extraída, o pesquisador produziu alguns biomateriais 100% biodegradáveis, comestíveis, compostáveis e recicláveis, como saboneteira e canudos. A proteína do milho também pode ser utilizada na produção de filmes para revestir alimentos.
Hoje, o Brasil não fabrica bioplásticos com zeína devido à baixa capacidade de extração da proteína. Os bioplásticos vendidos usam o amido de milho ou o da mandioca como matéria-prima, que são menos resistentes à umidade que a do milho.
Fonte: Organics News Brasil 23.02.2021

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