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Food InnovationDestaques Matérias EspeciaisNovas opções em agentes gelificantes: versatilidade sensorial para alimentos e bebidas

Novas opções em agentes gelificantes: versatilidade sensorial para alimentos e bebidas

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Em um cenário onde a diferenciação sensorial se tornou um ativo estratégico, os agentes gelificantes ganham novos contornos.

Por Márcia Fani

Da leveza aveludada de uma sobremesa aerada à firmeza precisa de uma geleia gourmet, a textura é protagonista na experiência de consumo. Segundo o relatório “Tendências Globais de Alimentos e Bebidas 2024”, da Mintel, os consumidores buscam cada vez mais produtos que proporcionem experiências sensoriais diferenciadas, valorizando texturas inovadoras e agradáveis ao paladar, uma demanda que se mantém firme e impulsiona a exploração de novas combinações e aplicações de agentes gelificantes.

Esse movimento desafia a indústria a ir além dos sistemas gelificantes tradicionais para incluir uma paleta cada vez mais ampla de ingredientes, capazes de modular não só a textura, de géis rígidos e quebradiços a consistências elásticas, termorreversíveis ou estáveis ao calor, mas também elementos centrais da experiência sensorial, como liberação gradual de sabor; brilho ou opacidade; derretimento controlado, que influencia a temperatura percebida, a resistência ao corte ou à mastigação; retenção de umidade, que interfere na suculência; e até a percepção sonora e tátil durante o consumo.

Essa diversidade técnica amplia o repertório sensorial e responde a desafios contemporâneos de formulações em sobremesas, laticínios, confeitaria, bebidas e alimentos prontos para consumo, nos quais a escolha do agente gelificante impacta diretamente na performance geral do produto, da estabilidade à indulgência, da conveniência de preparo à forma como cada nota de sabor se revela na boca.

De acordo com estudos da Euromonitor International, textura e experiência de boca (mouthfeel) estão entre os cinco principais atributos valorizados pelo consumidor brasileiro ao escolher um novo produto alimentício, refletindo a busca por sensações que conectam prazer, novidade e sofisticação, traduzidas em sensações completas e multissensoriais.

Para a indústria, isso significa olhar para os agentes gelificantes como ferramentas de design sensorial. O resultado? Produtos que combinam forma, função e sensorialidade, atendendo às expectativas do consumidor e ampliando as possibilidades de inovação em formulações.

Impactando o mercado

O mercado global de agentes gelificantes vem passando por uma transformação significativa, impulsionado por inovações tecnológicas, mudanças nas preferências de consumo e avanços das formulações de alimentos e bebidas. Ingredientes como gelatina, pectina, carragenina, alginatos, gomas (xantana, guar, acácia) e agar-agar, entre outros, vêm sendo utilizados de forma estratégica para conferir textura, estabilidade e apelo sensorial aos produtos.

Em 2024, o mercado global de agentes gelificantes foi estimado em cerca de US$ 4,7 bilhões, com projeções que indicam crescimento sustentado para os próximos anos, impulsionado pela diversificação de aplicações e pela demanda por experiências diferenciadas de consumo. Segundo a Mordor Intelligence, espera-se que esse mercado atinja cerca de US$ 6,6 bilhões até 2029, com uma taxa anual composta (CAGR) superior a 6%.

Na divisão por segmentos, os confeitos lideram o uso de agentes gelificantes, representando aproximadamente 35% da gelatina alimentícia produzida globalmente. Balas de goma, jujubas e marshmallows são exemplos clássicos de aplicações onde a gelificação é essencial para textura e apelo visual. Com a ascensão de produtos voltados ao público vegano e infantil, cresce a substituição da gelatina por alternativas vegetais, como pectina e agar-agar.

No Brasil, o setor de confeitos também é um dos principais consumidores desses ingredientes, com destaque para a categoria de balas, que responde por cerca de 30% do volume total de gelificantes consumidos, segundo a ABICAB.

As sobremesas gelificadas, incluindo gelatinas prontas, mousses, flans e sobremesas refrigeradas,  representaram cerca de 20% da demanda global, de acordo com dados de 2024 da Grand View Research. Nesse segmento, se observa o crescimento do uso de sistemas híbridos, que combinam gelatina, carragenina e gomas, para alcançar diferentes perfis de textura, inclusive em versões plant-based. No Brasil, sobremesas lácteas e gelatinas prontas impulsionam a adoção de novos sistemas gelificantes que equilibram indulgência e apelo saudável.

O setor de laticínios e bebidas vegetais utiliza agentes gelificantes para controlar sinérese, conferir corpo e melhorar a estabilidade. Carragenina, gomas guar e xantana e pectina são amplamente aplicadas em produtos como iogurtes, requeijões, sobremesas lácteas, leites vegetais e bebidas fermentadas; esse segmento representou aproximadamente 18% da demanda global em 2024, segundo a Research and Markets. A expansão de leites alternativos e iogurtes veganos impulsiona o uso de gomas e pectinas de alto desempenho, especialmente em formulações clean label.

Os produtos cárneos processados, como embutidos, presuntos e mortadelas, utilizam carragenina e alginatos como agentes de ligação, retenção de água e estabilização de emulsões. Estima-se que esse setor representou entre 10% e 12% do uso global de agentes gelificantes, segundo dados de 2024 da FAO. No Brasil, esse tipo de aplicação é tradicional na indústria de embutidos, mas ganha novas possibilidades com o avanço dos produtos de base vegetal.

Embora represente menor volume, o segmento de bebidas é relevante pela sofisticação técnica das aplicações. Bebidas com polpa, smoothies, suplementos líquidos e jelly drinks utilizam pectina, goma xantana e agar-agar para suspender partículas, dar corpo e criar novas experiências sensoriais. A categoria respondeu por 5% a 8% do consumo global de gelificantes em 2024, conforme relatório da Mintel. No Brasil, bebidas espessadas para nutrição clínica e esportiva têm impulsionado o uso de sistemas gelificantes para garantir homogeneidade e estabilidade ao longo da vida útil.

O mercado brasileiro de agentes gelificantes acompanha a tendência global. Em 2025, o mercado nacional de gelatina, por exemplo, deve atingir cerca de US$ 70,96 milhões, segundo dados da Cognitive Market Research. A crescente demanda por produtos com apelo sensorial, estabilidade aprimorada e formulações específicas para públicos como idosos, crianças e atletas impulsiona o crescimento de todos os segmentos analisados.

Produtos tradicionais ganham novas formulações, enquanto categorias emergentes, como alternativas vegetais, sobremesas funcionais e bebidas com textura diferenciada, se tornam vitrines para o avanço tecnológico desses ingredientes.

Tradição e inovação

Fundamentais para conferir textura, consistência e estabilidade a uma ampla gama de produtos, desde sobremesas e snacks até bebidas e alimentos processados, os agentes gelificantes vêm se renovando e dando espaço a novas opções emergentes.

Gelatina e pectina permanecem como referências sólidas entre os agentes gelificantes na indústria de alimentos e bebidas, mas não deixam de evoluir para acompanhar as demandas técnicas e mercadológicas atuais. A gelatina, por exemplo, avançou significativamente em suas formulações, apresentando perfis de Bloom variados que permitem ajustes precisos na textura e elasticidade dos produtos, desde sobremesas delicadas até alimentos que requerem maior resistência mecânica. Novas técnicas de processamento também aprimoraram sua solubilidade e capacidade de gelificação em diferentes condições, ampliando sua versatilidade e facilitando a integração em formulações complexas.

A pectina, por sua vez, se desenvolveu em variantes de alto e baixo metoxil com estabilidade aprimorada frente a diferentes níveis de pH, concentração de açúcares e minerais, o que a torna adequada para uma ampla gama de aplicações em alimentos e bebidas. Avanços também foram observados na criação de pectinas com funcionalidades sinérgicas que melhoram textura e estabilidade quando combinadas com outras fibras e proteínas, evidenciando seu potencial técnico crescente.

Paralelamente, as algáceas, como carrageninas e agar-agar, passaram por reformulações que as tornam mais técnicas e adaptáveis a aplicações industriais específicas. Carrageninas híbridas, por exemplo, proporcionam maior estabilidade em bebidas e alimentos proteicos, entregando texturas que variam desde géis firmes até fluidos viscosos, ideal para sobremesas lácteas, bebidas funcionais e produtos processados. Já o agar-agar tem se destacado pelo desempenho em concentrações menores, o que resulta em texturas mais consistentes e processos produtivos mais eficientes, especialmente em sobremesas geladas e snacks. A goma guar, tradicionalmente usada como espessante, também vem sendo combinada estrategicamente com outros gelificantes para melhorar a viscosidade e a textura, ampliando o seu uso em diversas formulações.

O crescimento das gomas bacterianas também não pode ser ignorado; a goma gelana, reconhecida por formar géis firmes com baixas concentrações, oferece alta estabilidade térmica e resistência a variações de pH, sendo muito utilizada em bebidas lácteas fermentadas, molhos e produtos plant-based. Já a goma xantana, combinada com outros gelificantes, permite a criação de texturas exclusivas e controle preciso da viscosidade, fundamentais em formulações industriais.

Além disso, gomas menos exploradas, como a tara, vêm ganhando espaço pela alta capacidade gelificante e estabilidade funcional, ampliando as possibilidades para sobremesas, snacks e bebidas.

A biotecnologia, por sua vez, tem impulsionado a indústria com agentes gelificantes fermentados e microbianos, como exopolissacarídeos do tipo kefiran, pullulan e levan, que apresentam propriedades gelificantes robustas e ainda possibilitam funcionalidades adicionais, como encapsulação de ingredientes ativos. Essas soluções trazem vantagens técnicas importantes, como estabilidade térmica e resistência química, além de atenderem a crescente demanda por ingredientes de origem sustentável.

Além dos polissacarídeos, as proteínas gelificantes alternativas, extraídas de fontes como batata, ervilha e fava, vêm sendo estudadas para usos industriais em formulações que exigem alta firmeza e estabilidade, especialmente nos segmentos plant-based e substitutos lácteos.

O desenvolvimento de sistemas gelificados inteligentes, que respondem a estímulos como temperatura, pH ou presença de enzimas, está abrindo novas fronteiras para a criação de alimentos e bebidas personalizados, que podem liberar sabores, aromas ou ingredientes funcionais de forma controlada, elevando a experiência de consumo e a funcionalidade do produto.

A combinação entre a solidez técnica dos gelificantes clássicos e o potencial disruptivo dos novos agentes, tanto naturais quanto biotecnológicos, cria um portfólio amplo e flexível para o desenvolvimento de produtos que atendam às exigências contemporâneas de qualidade, performance e inovação.

Moldando a experiência de consumo

Nos tempos contemporâneos, os agentes gelificantes se tornaram essenciais na construção da experiência de consumo, que valoriza cada vez mais sensações táteis, visuais e funcionais, entregando experiências sensoriais diferenciadas e memoráveis.

A textura é uma das primeiras impressões que o consumidor tem ao provar um alimento ou bebida, influenciando diretamente a aceitação e a percepção de qualidade. Agentes gelificantes como gelatina, pectina, carragenina e gomas bacterianas são cuidadosamente selecionados e combinados para ajustar desde a firmeza delicada de uma sobremesa até a viscosidade agradável de uma bebida funcional.

Um exemplo prático está nas sobremesas gelificadas premium, onde o agar-agar é utilizado para garantir transparência e firmeza, entregando uma sensação visual atrativa e uma textura limpa e consistente que destaca a pureza dos ingredientes naturais. Em bebidas fermentadas e smoothies, o uso da goma gelana permite criar uma viscosidade suave que facilita o consumo e melhora o mouthfeel, mantendo a estabilidade mesmo após variações térmicas e pH, o que é essencial para produtos refrigerados e de prateleira longa. Já a goma xantana, muitas vezes combinada com goma guar, cria uma sensação de corpo e suspensão em molhos e bebidas, promovendo uma experiência gustativa uniforme e rica.

Além do toque e da consistência, os agentes gelificantes atuam no aspecto visual, contribuindo para a transparência, brilho e estabilidade da matriz alimentar, o que é particularmente evidente em snacks gelificados, onde a transparência e a elasticidade proporcionadas por carrageninas híbridas valorizam a apresentação, enquanto conferem resistência mecânica para manter a integridade durante o manuseio. O controle preciso da textura e da viscosidade também possibilita a criação de alimentos e bebidas que respondem às tendências globais, como produtos com menor teor de açúcar ou gordura, que mantêm a qualidade sensorial mesmo com formulações mais desafiadoras.

No campo funcional, os agentes gelificantes possibilitam inovações que impactam diretamente o bem-estar do consumidor, seja ao criar produtos com perfil clean label, ou incorporar ingredientes bioativos em sistemas gelificados que liberam compostos de forma controlada.

As tecnologias, como as proteínas gelificantes vegetais extraídas de ervilha ou batata, oferecem alternativas para formulações veganas e alérgeno-friendly, enquanto exopolissacarídeos microbianos trazem benefícios adicionais, como proteção de aromas e ingredientes sensíveis à oxidação. Esses ingredientes têm sido usados em cápsulas comestíveis, gomas de mascar funcionais e bebidas enriquecidas, ampliando a versatilidade e agregando valor nutricional.

Os sistemas inteligentes e interativos, capazes de modificar suas propriedades em resposta a estímulos externos, oferecem uma experiência dinâmica e personalizada.

Já os géis termorresponsivos, que alteram textura conforme a temperatura da boca, proporcionam sensações inéditas em sorvetes e sobremesas congeladas. Outros exemplos envolvem géis que liberam aromas ou sabores de forma gradual, criando camadas de experiência durante o consumo, técnica já aplicada em snacks premium e bebidas saborizadas.

Esses avanços biotecnológicos vem possibilitando transformar simples ingredientes em sensações complexas e marcantes na construção de experiências sensoriais que encantam e fidelizam o consumidor moderno.

Da formulação à prateleira

Na prática, a versatilidade dos agentes gelificantes está cada vez mais evidente em uma gama ampliada de produtos, tanto no mercado global quanto no brasileiro, refletindo a crescente demanda por experiências sensoriais diferenciadas e soluções tecnológicas eficientes. De acordo com dados da Mintel GNPD (Global New Products Database), entre 2022 e 2024, os agentes gelificantes foram amplamente utilizados em categorias como confeitos (balas e gomas), bebidas fermentadas e lácteas, produtos cárneos processados e sobremesas plant-based, demonstrando a importância desses ingredientes para garantir texturas adequadas e estabilidade dos produtos, aspectos essenciais para a aceitação do consumidor.

Grandes empresas do setor de alimentos e bebidas têm investido em texturas que surpreendem, despertam interesse e estabelecem conexões emocionais com o consumidor. O resultado são produtos que transcendem o sabor, promovendo experiências sensoriais completas, memoráveis e, muitas vezes, com forte apelo visual para plataformas digitais.

Um exemplo são as bebidas com partículas em suspensão, como sucos com polpa, smoothies com grânulos visíveis e shots enriquecidos com fibras e pectinas, que oferecem uma experiência tátil que remete ao “feito em casa”. A presença de partículas em suspensão, antes considerada imperfeição, hoje é valorizada como um diferencial autêntico e sensorial.

As sobremesas com múltiplas camadas texturais, como mousses combinadas com bases crocantes, coberturas gelificadas sobre massas aeradas e inclusões crocantes, entregam contrastes que se desenrolam simultaneamente, elevando a percepção de prazer e agregando valor ao produto final.

Já os molhos e caldas com espalhabilidade controlada têm sua textura diretamente relacionada à experiência de consumo. O equilíbrio entre viscosidade e fluidez, alcançado por meio de gomas naturais e amidos modificados, é decisivo para garantir uma cobertura uniforme, sensação aveludada e a textura ideal.

Outro exemplo são as gomas funcionais enriquecidas, que unem entrega nutricional e entretenimento sensorial. Os agentes gelificantes modernos permitem controlar a liberação do sabor e o tempo de mastigação, proporcionando uma experiência consciente e prolongada. Snacks com revestimentos gelificados são tendência emergente em categorias como frutas desidratadas com cobertura brilhante ou proteínas vegetais com texturas diferenciadas, usando a gelificação para agregar contraste tátil e visual, reforçando frescor e suculência.

No segmento de iogurtes vegetais, a textura é determinante para aproximar a experiência sensorial dos produtos plant-based à dos derivados lácteos tradicionais. Ingredientes como goma gelana, fibras solúveis e proteínas vegetais modulam cremosidade, adesividade e brilho superficial, atributos essenciais para a aceitação do consumidor.

No atual contexto de mercado, esses exemplos evidenciam que os agentes gelificantes atuam como ferramentas modernas, ampliando as possibilidades para a criação de produtos que surpreendem, envolvem e fidelizam o consumidor, contribuindo para uma experiência sensorial completa, que combina sabor, textura e funcionalidade.

Tendências contemporâneas

Para além da prática e com foco nas tendências globais, os agentes gelificantes se destacam como ingredientes estratégicos para atender as demandas contemporâneas dos consumidores, com foco crescente em saúde, bem-estar, sustentabilidade e experiências sensoriais diferenciadas, assumindo papel estratégico ao oferecerem soluções versáteis que atendem a essas demandas cada vez mais complexas.

Segundo o estudo 2025 Global Food and Drink Trends da Mintel, 62% dos consumidores globais demonstram preferência por produtos com ingredientes naturais e clean label, favorecendo a adoção de agentes gelificantes como pectina, carragenina e gomas bacterianas em formulações que prezam pela transparência e simplicidade nos rótulos. Complementando esse dado, a Innova Market Insights aponta que 45% dos lançamentos globais de alimentos e bebidas em 2024 incorporaram algum tipo de agente gelificante para ajustar a textura e melhorar a estabilidade do produto.

A busca pela personalização da saúde também impulsiona o uso desses ingredientes. Em seu em seu relatório Top Ten Food and Beverage Trends 2025, a Innova destaca a tendência do “wellness de precisão”, que reflete o desejo dos consumidores por produtos adaptados a diferentes fases da vida e necessidades específicas. Nesse contexto, os agentes gelificantes são fundamentais para a criação de alimentos e bebidas funcionais que proporcionam texturas agradáveis e eficientes na liberação e absorção de ingredientes bioativos, ampliando as possibilidades de personalização nutricional.

Essa direção é reforçada pela Euromonitor International em seu relatório Top Global Consumer Trends 2025, que evidencia a crescente busca pelo prolongamento da saúde ao longo da vida, conhecida como “Healthspan Plans”. A formulação de produtos voltados para o bem-estar intestinal e geral, como iogurtes com texturas aprimoradas e suplementos em forma de gomas enriquecidas com agentes gelificantes, surgem como alternativas eficazes para atender essa demanda.

Outro aspecto relevante está nas experiências sensoriais inovadoras. A tendência “Flavors – Wildly Inventive”, destacada pela Innova, cria oportunidades para o uso dos agentes gelificantes na construção de texturas diferenciadas, como sobremesas multicamadas e bebidas com suspensões visuais atrativas, capazes de encantar e fidelizar consumidores cada vez mais exigentes. De acordo com a Innova, mais de 20% dos lançamentos globais em 2024 apresentaram texturas interativas ou dinâmicas, muitas vezes obtidas por tecnologias gelificantes avançadas. Produtos com géis termorresponsivos, que mudam a textura conforme a temperatura da boca, e géis com liberação gradual de aroma e sabor vêm ganhando espaço, ampliando as possibilidades para sobremesas premium, snacks e bebidas saborizadas.

Além disso, a sustentabilidade se tornou um tema central. A Mintel aponta que 74% dos consumidores globais se preocupam com o impacto ambiental dos produtos que consomem, incentivando a busca por agentes gelificantes produzidos a partir de fontes renováveis e processos biotecnológicos que reduzem o uso de água e energia, como exopolissacarídeos fermentativos. A Euromonitor reforça essa tendência, ressaltando que marcas que adotam práticas sustentáveis e ingredientes de baixo impacto ambiental crescem 2,5 vezes mais rápido que a média do mercado, o que estimula o investimento em gelificantes verdes e biodegradáveis.

Essas projeções convergem para um cenário de crescimento consistente e inovação contínua no mercado de agentes gelificantes, evidenciando um potencial expressivo para o desenvolvimento de produtos com alta performance sensorial, funcional e sustentável em 2025 e além.

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