Vendas nos supermercados em julho cresceram 3,37%, afirma Abras

Entre janeiro e julho, a comercialização acumula alta de 2,52% em relação ao mesmo intervalo de 2022, acima da projeção de crescimento de 2,5% para este ano
A venda de itens de supermercados cresceu 3,37% em julho em relação ao mesmo mês de 2022, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No comparativo a junho deste ano, a alta foi de 4,24%.
Entre janeiro e julho, a comercialização acumula alta de 2,52% em relação ao mesmo intervalo de 2022, acima da projeção de crescimento de 2,5% para este ano. O vice-presidente executivo da Abras, Márcio Milan, afirma que “é prudente aguardar um pouco mais” para revisar a projeção, apesar do acumulado do ano já superar as estimativas.
O reajuste nos preços de combustíveis autorizado pela Petrobras, segundo a entidade, deve elevar os preços de alimentos perecíveis já a partir do próximo mês. O impacto para itens industrializados depende do nível de estoques dos supermercados, segundo Milan.
O executivo destacou que no primeiro semestre foram liberados recursos como R$ 85,4 bilhões referentes ao Bolsa Família e R$ 1,9 bilhão de Auxílio Gás, beneficiando o consumo. Outro destaque foi o patamar baixo de desemprego em relação aos últimos meses.
A Abras afirma que o IPCA de alimentos caiu 0,66% em julho, enquanto o índice de variação de preços no geral recuou 0,08% no último mês. A chamada cesta Abrasmercado, composta por 35 itens de largo consumo, foi de R$ 730,06 no mês de julho, queda de 1,51% em relação ao mês anterior. Esse é o menor preço da cesta desde fevereiro de 2022.
O recuo do preço da cesta Abrasmercado reflete a queda de preço de itens que também foram destaque em junho, como feijão, óleo de soja e batata.
O preço do feijão caiu 9,24% no último mês, acumulando recuo de 4,91% no ano, enquanto o óleo de soja registrou queda de preços de 4,77% no mês passado e de 28,12% desde o início do ano. Já o preço da batata diminuiu 3,03% em julho e 7,36% neste ano, respectivamente.
Por outro lado, o açúcar refinado registrou alta de 1,58% no último mês e de 4,3% no ano. Também avançou o preço da cebola, com alta de 1,84% no mês, apesar da queda de 42,4% desde o início do ano.
A Abras destacou ainda 76 marcas de feijão representaram o equivalente a 80% do consumo no último mês, acima de 73 marcas em julho de 2022, evidenciando a busca por menores preços. Já as marcas de arroz foram 70 no último mês, ante 68 em julho do ano passado.
O setor realizou 187 aberturas de novas lojas entre janeiro e agosto, das quais 105 foram supermercados e 82 atacarejos. Outras 251 lojas foram reinauguradas.
Fonte: Valor Econômico 31.08.2023

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